segunda-feira, 2 de março de 2009

“I'm getting tired of asking
This is the final time
So, did I make you happy?”
POV – McFly

Nunca fui muito de pular carnaval, sabe. Teve uma época que eu até cheguei a amaldiçoá-lo, não agüentava ouvir falar sobre isso. Não gostava mesmo, mas convenhamos que naquela época eu só queria saber de rock’n roll e lápis de olho preto. E como minha cidade é bem pequena e as únicas festas que acontecem – na maioria das vezes – são desse tipo, me dei conta de que não se tratava exatamente do carnaval em si, e sim de se divertir. E de uns anos pra cá, esse meu pensamento mudou. Ainda mais o deste ano que, apesar de uns probleminhas psicológicos, deu pra aproveitar e brincar bastante. Sair de casa quase meia-noite porque o secador de cabelo não queria funcionar de jeito nenhum com uma cunhada pirando na chapinha. Mudar de roupa umas dez vezes porque nenhuma está boa o suficiente e perceber que seus olhos estão ficando embaçados de tanto glíter. Passar pela multidão rindo e zoando com o povo que sai de fantasia, ou sem nenhuma. Dar uma técnica e decidir quem sua prima beija ou não. Ficar numa fila enorme esperando usar o banheiro e quando finalmente conseguir, notar que dos três, somente um tem porta. Ou mesmo encarar um banheiro químico, onde você não quer nem respirar o ar lá de dentro com medo de pegar uma doença – pior experiência da minha vida. Mas daí você pensa: “É isso ou molhar as calças”, um argumento e tanto, huh. Sair numa foto desconhecida roubando cerveja de alguém onde você só descobre alguns dias depois no Orkut. Beber até sentir seu rosto dormente. Perceber que o tempinho que você passou com aquele carinha resultou em alguns hematomas e machucados na boca, o que não te faz arrepender-se nem um segundo sequer. Talvez por ter tirado a blusa... HUAHAUHAUHAH, brincadeira. ‘-‘ Brigar por pirulitos... Hm, perdê-los por quem conseguir arrancar o cabinho com os dentes. Perdê-los de uma forma nem tão triste assim. Dançar qualquer tipo de música que tocar incluindo axé, eletrônica e marchinhas que só servem pra você dançar com os dedos indicadores. Ir dormir numa casa que nem é sua e sentar-se no meio da estrada esperando o sol nascer, passando o tempo tirando fotos de uma amiga bêbada deitada no asfalto com um “chapéu de Tutu”. Perceber que ninguém notou aquele rímel violeta que você e suas amigas compraram naquela revista e descobrir que isso só aconteceu porque de noite ele não aparece e só dá pra notá-lo quando um raio de sol o iluminar. Acordar com uma dor de cabeça do cacete e já pensando em que roupa usaria no outro dia. Ver coisas que te fariam chorar, e fizeram. Fazer coisas que não deveria fazer, mas mesmo assim fez. Arrepender-se de apenas UMA coisa: não ter curtido todos os dias de festa. Descobri que amo o carnaval. Não por ser carnaval, mas pelos amigos, pelas oportunidades e pela liberdade. Por poder vestir, calçar, usar, fazer e dizer o que quiser e não ser julgado. Minha cidade é pequena, só tem gente feia e eu a odeio, não tem clubes nem muitas festas, mas no carnaval ela esculacha.
Eu poderia ter feito mais. Eu poderia ter feito menos. Eu poderia ter pensado duas vezes. Eu poderia não ter pensado. Mas ano que vem tem mais e eu prometo ser boazinha.
Ou não.
"But hold your breathe
Because tonight will be the night
That I will fall for you, over again
Don't make me change my mind."
Fall For You - Secondhand Serenade

Ela sentara na mesinha mais afastada, daquelas redondinhas de cafeteria, na parte externa do estabelecimento. Havia uma toalha quadriculada que cobria toda a mesa e sob a mesma, guardanapos e dois cardápios. O garçom já passara por ali algumas vezes perguntando se a moça já pensara no pedido ou se poderia retirar o cardápio, mas em todas essas vezes ouvira sempre a mesma resposta com um sorriso um tanto quanto constrangedor: Não, obrigada, estou esperando alguém. Ela parecia desconsertada, mas o sorriso iluminava o rosto do garçom de tal maneira que ele sorria de volta e se afastava. Seus grandes olhos castanhos pareciam perdidos em confusões e dúvidas em sua cabeça e ao mesmo tempo procuravam freneticamente por algo que nunca aparecia. Usava um vestido estampado com flores pequenas e no pé, calçava seu scarpin amarelo impecavelmente limpo e bem conservado – quem diria que ela já o usara tantas vezes. Seus dedos com unhas pintadas de laranja dançavam sob a mesa produzindo um som irritante, deixando explícito o que se passava pela sua cabeça. Olhou pro relógio e fez uma careta desanimada. Vou esperar mais dez minutos... Ele só está meia hora atrasado. Vai que ele chega aqui e não me encontra... Quinze minutos, pensava ela, tentando se convencer do que já estava mais do que na cara. Após esperar mais algum tempo, algo como quarenta ou cinqüenta minutos, ela pegou a bolsa, levantou-se e foi caminhando pra casa. Mil coisas passavam-se pela sua cabeça, vários motivos, várias desculpas. É claro que ele terá uma bem convincente... enganava-se. Abriu a bolsa e pegou sua chave, ia enfiá-la na fechadura da porta quando ouviu alguns passos. Ficou imóvel, sem saber o que pensar ou como agir. Os passos foram se aproximando e uns dedos a tocaram no ombro de repente. Ela se virou devagar e quando viu quem a esperava, deu um grito. Após o surto, ela correu e se agarrou ao pescoço dele, abraçando-o como se fosse a última vez que poderia fazê-lo, apesar de poder imaginar vários abraços como aquele dali pra frente. Ele ria, meio sem jeito, e a acariciava os cabelos. Ela poderia morrer naquele instante. Nada mais precisaria para ser feliz. Pelo menos tinha certeza disso até o momento em que ele tomou-lhe o rosto nas mãos, olhando para seus olhos marejados deu-lhe um suave e terno beijo. Sentiu uma lágrima descer pelo rosto e quando ele a sentiu, afastou-se, sorriu e a secou. Aquele sorriso... Ela sonhara com ele desde o momento em que o sentiu em seu coração. Ele a olhava com ternura, e não conseguia entender o porquê de tanta demora ao finalmente encontrá-la. Abraçou-a novamente e sussurrou em seu ouvido: Bi, eu estou aqui... Nunca mais vou te deixar. Ela desabou em lágrimas, fechou os olhos e deixou as lágrimas deslizarem pelo seu rosto. Não podia acreditar, achava que estava sonhando. Foi quando ouviu um barulho estranho. Um barulho irritante e ao mesmo tempo familiar. Quando o reconheceu, abriu os olhos, e se deparou com seu despertador. Olhou a hora e pulou da cama rapidamente. Já era a hora de encontrá-lo.

This is for you, B. ♥

sexta-feira, 21 de março de 2008

"If I had my own world
I'd build you an empire

From here to the farlands

To spread love like violence (...)"

Angels & Airwaves - Secret Crowds

Quando a gente é criança, tudo é mais fácil – apesar de, na idade, achamos tudo muito complicado e difícil. Não há problemas, não há preocupações com o futuro, ir à escola não é tão ruim assim. O importante sempre é ter alguém, o que e um lugar para brincar. Vendo algumas fotos antigas, pude perceber o quão era feliz nesta época. Sinto que aproveitei o máximo, brinquei de tudo que tinha que brincar, briguei, me machuquei, ri, chorei. Enfim, fui criança. Confesso-lhes que me deu uma pontinha de saudades dessa época em que o maior problema era “porque que o céu o azul”. Tantas perguntas, tantos porquês e tantas respostas absurdas vindas de nossos pais. O medo de não ter apetite e de não comer a comida toda, o que provavelmente resultaria num grito vindo dos pais. O medo de a bruxa vir roubar minha mamadeira e minha chupeta. Época de descobertas, de fazer besteiras, de aprendizado. Acho que toda criança deveria passar por isso. Toda criança deveria ser criança. É um sentimento que passa por toda a nossa vida, nos fazendo rir, sempre.
Não digo que gostaria de voltar atrás, porque se acontecesse, acho que não seria tão mágico e único como foi. Posso até arriscar que foi a melhor fase da minha vida – de que me lembro -, até hoje. O que me faz mais falta é a facilidade de fazer amizades. Um dia desses, eu estava conversando com uma amiga sobre pessoas que hoje não são tão chegadas a mim como na minha infância eram. Saudades de amigas que se mudaram pra longe, saudades de brincar de boneca, de vestir os bebês, de não pensar tanto e se preocupar tanto. Saudades da cumplicidade, da pureza, da criatividade e imaginação. Das idéias mirabolantes e dos sonhos mais singelos. Saudade dos chamegos dos pais, aquela super-atenção, aquela preocupação absurda – que até hoje alguns ainda insistem. Saudades até das varas de goiaba, das ameaças e caras-feias dos pais. A única coisa que acontece muito nessa fase da vida, que não faço a mínima questão de passar de novo são as mãos das tias apertando nossas bochechas e dos tios enchendo-nos de beijos com aquelas barbas espetando e bigodes sujos de cerveja.
Vovó, vovô. Vovô, vovó. Saudades de ir todo final de semana pro sítio e pular na cachoeira, mas sem afundar por causa das bóias – lembra-se? Aquelas de bichinhos, carrinhos e bonequinhas. Saudades da família toda reunida, de ter que esperar meia hora pra poder voltar a correr e nadar. De ganhar doces e biscoitos toda vez que recebia uma visita dos velhinhos. Saudades da união, da ingenuidade e do espírito esportivo. Primos e primas, todos reunidos. Bananeiras de baixo d’água, brincando de “Titanic” e “Tubarão”.
Saudades de tanta coisa, tanta coisa que não mais volta. Nunca vai voltar. Agora sinto falta do que passou e anseio freneticamente pelo que está por vir. Será que valeria mesmo a pena voltar no tempo ou ir direto ao futuro? Será que teria graça saber o que você estaria fazendo daqui a 20 anos? Estar-se-ia trabalhando numa empresa ou numa lanchonete? Casado, solteiro, cinco filhos? Ao pensar em todas essas hipóteses e sugestões, sugeri a mim mesmo que não pensasse mais nisso. Que aproveitasse esta fase agora da minha vida, porque como sinto falta daquela hoje, sentirei desta mais pra frente. E mesmo que não fosse assim, “máquinas do tempo” só existem em filmes. O jeito e viver nossa vida e esperar pelo futuro; relembrando o passado, os erros; e cuidando para que eles não sejam repetidos mais tarde.

O conselho que lhe dou é este. E é o que vou seguir também. Talvez eu esteja errada em não me preocupar mais. Talvez se preocupar seja o certo. Talvez seguir o caminho sem errar seja o correto. Talvez errar durante o caminho seja necessário. Talvez todos esses talvez não fossem tão importantes. Talvez a vida seja só para ser vivida e lembrada naqueles momentos nostálgicos de frente para a lareira revendo fotos. Apenas viva. Viva para ser feliz e fazer quem te ama feliz. Porque o amor é necessário, com ou sem “talvez”.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Avril Lavigne - Tomorrow



“And I wanna believe you
When you tell me that it'll be okay
And I try to believe you
But I don't (...)”

Avril Lavigne - Tomorrow

Você passa a vida inteira imaginando como seria se você tivesse feito aquela outra escolha, aquela outra coisa ou até mesmo ter escolhido aquela outra pessoa, que em sua imaginação, com certeza teria sido melhor em algum aspecto. Só que você nunca parou pra pensar se seria realmente melhor, se seu destino não pregaria as mesmas peças que pregou na vida real, a que você escolheu. Escolhas devem ser avaliadas com muito cuidado, você tem que ter certeza do que você quer e que sua escolha não irá magoar ninguém que você ame, ou mesmo que não ame, que se tiver que machucar alguém, machuque apenas a você. Neste ponto você deve ser egoísta.
Eu fui vítima de uma escolha errada. Não digo que sofri mais que a pessoa que cometeu esse erro, mas sei que sofri, e sofri muito. Não sofri mais que meu pai, ou meu irmão – apesar dele não ter demonstrado seus verdadeiros sentimentos para com a situação. Que escolha foi essa? A separação. A separação de meus pais. Você nunca acha que vai acontecer com você. Você vê seus amigos, filhos de pais deparados, e pensa que nunca agüentaria passar por tal momento. “Meus pais se amam, eles nunca iriam se separar!” – Até que você acorda. Casamento é uma coisa complicada, tem que amar mesmo pra continuar sendo como sempre. Crises, claro! Qual o casamento que não passa por crises? É normal. Normal até um ponto. Até que começam as desconfianças, perguntas “indiretas”, coisas que não comuns. Ai, puff... O mundo desaba, o casamento de seus pais desaba e você acha que não pode, que nunca vai ser como antes, e você chora. Chora pedindo a Deus para que eles se reconciliem e voltem a se amar e ser felizes juntos, outra vez. Você descobre que sua família agora é uma farsa. Não vive mais do amor entre eles, e sim por conveniência – como diria minha mãe. E foi isso que aconteceu...
Um certo dia, estava eu, na sala, fazendo tarefa da escola, meu irmão no computador, minha mãe em um sofá e meu pai em outro. “Ramon, vem cá” – Ele grita meu irmão, com uma expressão séria no rosto. E o que você mais torceu para que não acontecesse, simplesmente acontece. “Eu e sua mãe vamos nos separar. Não dá mais. Cada um vai pro seu canto”. O que? Como assim? Quem decidiu isso? Na hora você ri, dá gargalhada, acha que é brincadeira, mas aí vem aquela frase que você cansou de ouvir em novelas: “Eu só quero que vocês saibam que vamos continuar sendo seus pais, mesmo com a separação”. Ahm? Mas é óbvio... Não! Não quero! Você vai pro seu quarto, bate a porta, tranca e chora. Quem é que te ajuda nessa hora? Quem pode te salvar? Sua família feliz acabou, você acabou.
Um belo dia você acorda pra cuspir, e descobre que continua tendo uma mãe, e seu pai está lá sempre. Você vê que a separação não é o fim do mundo, e a fase “menina mimada” passa. Até que mamãe resolve voltar... Arrepende-se de ter saído de casa, e ela volta! Papai aceita. Felizes outra vez. Até que mamãe vê que preferia a outra vida. A livre, sem marido, sem filhos. E ela vai embora de novo. Ela entra em depressão porque vê que nada daquilo era o que ela imaginava. Quer voltar de novo, mas dessa vez não tem mais chances. Se ela quiser voltar, vai ter que demonstrar isso, fazer o certo e tentar limpar toda a sujeira que ela fez nesses dois anos de crise existencial.
Minha mãe... Ah, minha mãe... Errou tanto em ultimamente do que poderia ter errado em toda a sua vida. Poderia ter sido diferente, né? Aposto que foi isso que pensou quando resolveu desfazer a família tão “feliz e unida” que éramos. E agora, graças à Deus, podemos tentar outra vez. Essa história ainda arranca lágrimas dos meus olhos. Em seus momentos mais sozinhos e lamentáveis, me deixou ser mais que sua filha. Deixou-me ver o que realmente sentia, o que realmente amava, desejava. Imagine sua mãe dizendo o quanto ama um homem, e que esse homem, não é o seu pai... Claro, sempre cuidadosa em suas palavras, para que eu não ficasse chocada. Você é a mulher mais fantástica e maravilhosa que já vi, mãe. Você é incrível, tenho orgulho da sua coragem e sei que nunca vou ser tão forte quando você foi e é.
Papai... Como me dói lembrar o quando você sofreu com isso tudo. Meu coração se parte ao saber que de seus olhos caíram tantas lágrimas e de sua boca tantas palavras que não queria realmente dizer. Honesto, gente finíssima. A melhor pessoa que conheci até hoje, tão diferente de tudo e de todos. Tão único, tão especial. Claro, é humano, e erra, sei que erra. Mas o que são seus erros comparados aos seus acertos? Você é perfeito pra mim e nenhum outro pai poderia ser tão quanto você é e sempre foi. Eu poderia afirmar com toda certeza que te ver chorar foi a experiência mais marcante de toda a minha vida, que mesmo curta, já passou por tanta coisa, tantas decepções. Seus olhinhos, sempre verdes e radiantes, desta vez tão vermelhos e marejados de lágrimas que não tardavam a cair. Os dentes, sempre à mostra em um encantador sorriso – mesmo amarelo por causa do cigarro –, desta vez escondidos, em uma expressão de tristeza e desgosto. Precisando de um abraço. Precisando do meu abraço. Tantos abraços lhe neguei, tantos abraços que não tive coragem de dar por causa da minha covardia ridícula e inútil. Sabia que se o fizesse, seriam apenas lágrimas. Um coração tão grande e tão frágil em seus mínimos detalhes. A você a minha vida. A você o meu eterno amor. A você a melhor filha que um pai poderia ter.
Meu irmão, sempre distante. Em toda essa situação não deixou cair uma lágrima – pelo menos, não que eu visse. Fechou-se para mim, para todos.

Espero um dia ter coragem suficiente para dizer isso pra vocês.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Say Ok - Vanessa Hudgens



“When it's not all right, when it's not ok
Will you try to make me feel better?
Will you say alright? Will you say ok?
Will you stick with me through whatever?
Or run away ? Say Ok. (...)”

Say Ok - Vanessa Hudgens

É incrível e até assustador, pra nós mesmos, a confiança que depositamos nas pessoas. O engraçado é que mesmo que tudo continue como sempre foi, insistimos no erro. Mesmo que não admitamos, no fundo sabemos e temos a plena certeza de que nunca irá mudar, nunca irá um dia dar certo. E o que fazemos? Calamos essa voz negativista e ao mesmo tempo realista, e continuamos, seguimos batendo na mesma tecla, cutucando a ferida pra ter certeza de que ainda não cicatrizou – como se você deixasse isso acontecer –, e que em algum momento ela irá sangrar outra vez, como antes. Aí começa tudo outra vez... As promessas, as indiretas, provocações, planos, enfim, mais ilusão, que no final vai resultar na mesma merda de um tempo atrás. Por mais que negamos, que mudamos, que cresçamos, sempre vai haver a mesma timidez desconcertante, a falta de iniciativa filha-da-puta e a infantilidade do passado. Por mais que você transmita a imagem de que é a pessoa mais feliz do mundo, que nada pode estragar seu dia, quando você vai pro seu quarto, sozinho à noite, você lida com seus medos e incapacidades. Defeitos que você deixa escondido embaixo do seu cobertor quando acorda. Os tranca lá, para que todos vejam que mudou e que o idiota/nerd que sempre foi não existe mais. Você passa o dia inteirinho exibindo o quão é feliz, o quão é abençoado por ter a vida que queria, tudo o que queria. Mas nem por isso deixa de pisar nos outros e se mostrar superior, o sabe-tudo, o experiente. Sempre sorrindo, brincando, irônico, cínico e sarcástico. Uma hostilidade única e particular que você faz questão de repetir sempre. Sempre quando alguém te aborrece ou algo dá errado – você nunca admite, mesmo que isso esteja te matando por dentro. A família nunca te ouviu, nunca se importou realmente. Os amigos? Sumiram quando mais precisou. Mas isso não pode estragar sua fachada de felicidade e harmonia, defende até o que não acredita só pra continuar sendo o melhor, equilibrado e normal. Seu orgulho, sim, ele mesmo. O grande causador de tudo isso. Das mentiras e verdades, ilusões e desilusões. O mundo desaba na sua cabeça. Você perde e faz as pessoas perderem por ser fiel cegamente ao maldito orgulho idiota. Perde amigos, oportunidades, perde a vida. Mas, como eu disse antes, quando você deita sua cabeça no travesseiro, chora. Chora e tenta lutar contra o covarde que sempre foi e, que se não mudar e assumir suas dificuldades vai continuar sendo. Mas, claro, não se preocupe. Sempre vai ter ao seu lado uma pessoa mais idiota ainda, e também covarde – àquela que você nunca notou, nunca levou a sério, nunca confiou mas que nunca te esqueceu ou desistiu de você -, que sempre irá dizer “Everything is gonna be ok, baby”.

domingo, 7 de outubro de 2007


“We're goin down and you can see it too
We're goin down and you know that we're doomed
My dear, we're slow dancing in a burnin' room (...)”
Slow Dancing In A Burning Room – John Mayer

Música. Então ta, vamos falar de música! Eu nunca precisei, assim, muito, de música para estar no computador. Diferente do meu irmão – e creio que muito mais gente – que só consegue ficar no PC, com música. Eu gosto, claro que gosto. Quem não gosta de música? Mas eu consigo ficar sem ouvir música no PC, até porque ele é uma lerdeza só, e é até bom quando não tem muitos programas abertos. Enfim, até pra escrever. Pra escrever a música me desconcentra. Mistura minhas idéias com a letra, começo a cantar junto, a escrever a letra da música, é uma “cagada” só. Mas não essa música. Essa música do título. O Luke que me mandou, disse que era “nossa música”. Ela é tão linda, tão meiga, tão confortante. Ainda não li a tradução e por isso não posso dizer muito sobre ela. Tanta gente se inspira com a música, com a letra, com o ritmo, a poesia. Igual a dormir. Não consigo dormir com algum barulho desconhecido, ou algum feixe de luz. É desconfortável. Não consigo.

Quatro de outubro. Meu dia hoje foi tão chato. Não tive aula, por causa do conselho de classe, e dormi até 14hs30. Isso é que sono. Nunca mais tinha dormido assim, direto, até cansar. É tão gostoso. Tão completo e realizador. Ainda bem que as férias estão chegando e tenho em mente dormir bastante. *-* Fiquei o dia inteiro vendo TV, daí chegou 17hs e começou um especial Estúdio Coca-Cola. Legal, acabou e vim pro pc. Hoje foi o dia mais chato do ano. Nada pra fazer, ninguém pra ‘brincar’. Que bosta. O legal de hoje, a ÚNICA coisa legal de hoje, é que eu sonhei. Sonhei com alguém importante e que há muito tempo não sonhava. Foi lindo. Aconteceu algo que eu queria que acontecesse de verdade, aqui, na minha casa. Mas como não acontece na real, pelo menos no sonho tenho um ‘aperitivo’ do que seria realmente. Acho bem difícil que aconteça, mas o que eu posso fazer? Esperar, e só.

Piercing. O que acha de eu por um piercing no nariz? Oks, meu nariz é enoooorme, e eu o odeio, mas seria um tão pequenininho, ninguém iria notar... Nem meu pai. Exatamente ele. Acho que não tenho coragem. Não pela dor, não, claro que não – nem tão claro assim, vai -, mas ele abomina esse tipo de coisa. Piercings, brincos, tatuagens, enfim, acho que ele dá um treco se eu por. Vou juntar dinheiro e quando tiver coragem suficiente, ponho. E quero ver quem é que vai tirar. u_u

14 dias. 14 dias para o meu aniversário. Não vai ser mesmo como o do ano passado que, apesar de esperar um pouco, ganhei o que eu tanto queria. Meu celular rosa. Perfeito. Que depois de um tempo tornou-se ‘pop’ e agora todo mundo tem. Quem tem um V3 levanta a mão! \o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/ E a torcida do flamengo vai ao delírio. i.i

Unha e cabelo. Minha unha quebrou... Sim, quebrou. T_T Mas eu pintei de preto, com uns gliterzinhos vermelhos, ta linda. Só falta crescer mesmo... Mas o esmalte preto ajuda – dizem né –, e creio que rapidinho crescerá. *-* Meu cabelo. Quero fazer luzes. i.i Cansei de pintar – dando uma de “Bianca Cansei de Ser Sexy” -, quero luzes, já! As luzes ficam bem claras, daí vai contrastar legal com o cabelo que ta um loiro mais escuro, caminhando pro claro. Cheguei ao loiro que eu queria. Daqui uns tempos enjôo e escureço novamente. 8D

To há horas ouvindo a mesma música e não cansei.

Quero um livro legal pra ler. Cansei do “Encontro Marcado” que agora nem sei onde se encontra, e logo terei que devolver à biblioteca da escola. Não tem mais livros que me interessa lá. O jeito vai ser caçar livros na casa das amigas. Ah! Já sei! Vou dar uma passadinha na casa da Bibi e pegar uns livros do Tchelo Paiva com ela. Aguarde-me! 8D

“22:22” – Olho pro relógio. Putz, a internet não pega! Modem desgraçado! Velox desgraçada! Ai, isso me estressa. Se eu pelo menos soubesse a causa do problema... Mas não! O modem ta piscando, os fios nos lugares certos, o que será que está havendo? ‘-.-’

Ok. Já percebi que até agora só falei futilidades. O problema é que não tenho criatividade, não sei escrever, mas que saco. u_u Só sei falar da minha vida, que por sinal, também é um lixo, assim como tudo que eu escrevo. Deu vontade de excluir esse blog. Quem é que precisa/quer saber da minha vida? Ninguém. Se não fosse o banner super estiloso que eu fiz com as minhas fotos eu ia excluir mesmo. E se fosse o caso escreveria bobagem para mim mesma, em um blog desconhecido que só eu iria ler minhas futilidades e inutilidades. Nhá, estressei, adels. u_u

Isso foi escrito há alguns dias, e como não estou com inspiração para escrever outra coisa, vai isso mesmo. ;*
P.S.: Volte, Camy. T_T 11 dias pro meu aniversário, are you ready ? ;D

A tosquice em forma de blog.

“27 de Agosto de 2005.

Oi pessoas!
Como vão ? Bom, eu vou ótima! Minhas primas dormiram aqui em casa comigo e ficamos zoando até altas horas da madrugada. Foi muito legal! Conversamos sobre muitas coisas. Pelo menos elas conseguiram se entender, né ? Porque elas não se batiam muito bem não... Uma não ia com a cara da outra de jeito nenhum, e nem tinham conversado ainda! Vê se pode! Porque uma é por parte de pai e a outra por parte de mão, entendeu ?!
Férias. Nossa, minhas férias foram o máximo! Matei todas as saudades das minhas priminhas queridas, Giulia e Paulinha. Já tô roxa, verde, azul, amarela de saudades! De minha tia Rô e até do meu tio Paulo. Pato, Vítor... Aiai, como é bom rever a família, não acha ?! Ai, eu adoro! Vem a cambada toda pra casa da minha avó. Falando em Vovó “Xini” (eu e minhas primas a chamamos assim, seu nome é Conseni *.*), PARABÉNS VOVÓ! Ela faz aniversário dia 21. Continuando... É de família. Passem lá no nosso flog: www.flogao.com.br/catsprime.
Então, galerinha, mudei de assunto do nada, né ? Tava falando das minhas férias em Resende... Conheci as famosas amigas da Paulinha, que ligam a toda hora quando ela tá aqui. As paqueras dela, ficantes, amigos, Rockin, Rafa, “Kevin”, e etc. A única coisa que não prestou é que meu amor não foi. Que pena, ele é tão lindo! *-* Amo muito ele, ele é demais. Olha uma foto dele aí, mas é meu, hein!


Visitem o floguinho dele: www.flogao.com.br/didirdc. Sabiam que tem uma foto muito bonita no meu flog ? Passem por lá: www.flogao.com.br/nanilovelp. Para quem não sabe, eu amo Linkin Park!
Bom, galerinha, por hoje chega, né ? Quem sabe quando eu tiver algo mais interessante pra contar, eu volto aqui ? Fui, então. Beijos.

Postado por: NaNy_§HiNoDiNhA às 14h52”

Oks, confesso que fica muito mais engraçado você lendo por aqui: http://nany_shinodinha.zip.net/.
Acredite, é tosco demais.