segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Say Ok - Vanessa Hudgens



“When it's not all right, when it's not ok
Will you try to make me feel better?
Will you say alright? Will you say ok?
Will you stick with me through whatever?
Or run away ? Say Ok. (...)”

Say Ok - Vanessa Hudgens

É incrível e até assustador, pra nós mesmos, a confiança que depositamos nas pessoas. O engraçado é que mesmo que tudo continue como sempre foi, insistimos no erro. Mesmo que não admitamos, no fundo sabemos e temos a plena certeza de que nunca irá mudar, nunca irá um dia dar certo. E o que fazemos? Calamos essa voz negativista e ao mesmo tempo realista, e continuamos, seguimos batendo na mesma tecla, cutucando a ferida pra ter certeza de que ainda não cicatrizou – como se você deixasse isso acontecer –, e que em algum momento ela irá sangrar outra vez, como antes. Aí começa tudo outra vez... As promessas, as indiretas, provocações, planos, enfim, mais ilusão, que no final vai resultar na mesma merda de um tempo atrás. Por mais que negamos, que mudamos, que cresçamos, sempre vai haver a mesma timidez desconcertante, a falta de iniciativa filha-da-puta e a infantilidade do passado. Por mais que você transmita a imagem de que é a pessoa mais feliz do mundo, que nada pode estragar seu dia, quando você vai pro seu quarto, sozinho à noite, você lida com seus medos e incapacidades. Defeitos que você deixa escondido embaixo do seu cobertor quando acorda. Os tranca lá, para que todos vejam que mudou e que o idiota/nerd que sempre foi não existe mais. Você passa o dia inteirinho exibindo o quão é feliz, o quão é abençoado por ter a vida que queria, tudo o que queria. Mas nem por isso deixa de pisar nos outros e se mostrar superior, o sabe-tudo, o experiente. Sempre sorrindo, brincando, irônico, cínico e sarcástico. Uma hostilidade única e particular que você faz questão de repetir sempre. Sempre quando alguém te aborrece ou algo dá errado – você nunca admite, mesmo que isso esteja te matando por dentro. A família nunca te ouviu, nunca se importou realmente. Os amigos? Sumiram quando mais precisou. Mas isso não pode estragar sua fachada de felicidade e harmonia, defende até o que não acredita só pra continuar sendo o melhor, equilibrado e normal. Seu orgulho, sim, ele mesmo. O grande causador de tudo isso. Das mentiras e verdades, ilusões e desilusões. O mundo desaba na sua cabeça. Você perde e faz as pessoas perderem por ser fiel cegamente ao maldito orgulho idiota. Perde amigos, oportunidades, perde a vida. Mas, como eu disse antes, quando você deita sua cabeça no travesseiro, chora. Chora e tenta lutar contra o covarde que sempre foi e, que se não mudar e assumir suas dificuldades vai continuar sendo. Mas, claro, não se preocupe. Sempre vai ter ao seu lado uma pessoa mais idiota ainda, e também covarde – àquela que você nunca notou, nunca levou a sério, nunca confiou mas que nunca te esqueceu ou desistiu de você -, que sempre irá dizer “Everything is gonna be ok, baby”.

Um comentário:

B! disse...

Eu sei como é esse lance de deitar chorar e deixar os medos debaixo do travesseiro e tentar se mostrar forte. ._.

Talvez eu seja essa pessoa não notável, porque eu nunca te deixaria num momento de precisão.

Te amo sempre, perfeita. ;*